segunda-feira, 30 de maio de 2011

Para as crianças a obra é um parque de diversões

O post é dedicado aos papais de plantão que estão construindo a casa nova. Além da dor de cabeça por conta da construção, ainda é preciso ter um pacote extra de paciência para gastar com as crianças. Os pequenos vão adorar a ideia da obra e vão querer ir junto todas as vezes. De vez em quando, você terá como deixar na escola, na casa da avó ou na residência de outro parente. Mas em outros dias não. E o que fazer?

A construção é um local perigoso para os baixinhos. O terreno é cheio de pregos, cacos de tijolos, tábuas que podem machucar e restos de ferro. Enfim, não faltam novidades para eles descobrirem e por descuido se machucarem.

Para não me estressar tanto, adotei algumas táticas com meu filho de quatro anos.
- Quando vai visitar a obra só pode usar botas de borracha. Se não tem, fica no colo e só coloca o pé no chão dentro da casa.
- Se vai para passar mais tempo, leva sua caixa de ferramentas de plástico para brincar ou uma pequena fita métrica para ficar medindo (ele adora isso).
- Não pode caminhar em cima das pilhas de pedras e tijolos, além de espalhar o monte de areia. Se fizer isso, é castigo.


Nem tudo funciona, mas vale a pena tentar. O certo é que todo o cuidado é pouco. Basta piscar os olhos para algo fora dos planos acontecer.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Aterre antes de fazer o muro

Dificilmente um terreno não precise ser aterrado. Os motivos são vários. Desde para deixar a área nivelada até para subir a altura do terreno ou até para auxiliar no escoamento das águas da chuva. Ao constuir, muitos aterram somente o local onde a obra será erguida e de carona o pátio frontal. Depois, quando terreno está fechado e a mudança já foi concluída, começam o trabalho de organização do pátio nos fundos.

E daí o camarada fica todos os fins de semana puxando carrinho de terra. Faz um esforço danado e não consegue vislumbrar quando a arrumação ficará pronta. Ao lado da minha obra, o terreno ainda está vazio. Contando com esse ponto a mais, decidimos contratar uma retroescavadeira. A máquina foi a responsável por levar as sete cargas de aterro até o fundos, além de espalhar o aterro. Ao todo foram necessárias quatro horas para todo esse serviço, ao custo de R$ 320. Não foi um valor muito barato, mas diante da mão de obra e dos dias que seriam necessárias para fazer o serviço, valeu a pena.

Daí fica a dica. Antes de fazer o muro e começar a obra, avalie se será necessário aterrar. Caso seja, negocie para que o caminhão possa descarregar o aterro dentro do terreno e se possível, também contrate uma máquina. Se deixar para fazer isso depois de tudo pronto, o jeito será usar apenas o carrinho.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Cuidado com o alinhamento das tomadas

Existem erros que você só percebe depois de muito tempo. Um deles é o alinhamento das tomadas. Não sei quantas foram as vezes e quantos pedidos eu realizei para arrancar uma tomada de um lado e colocar no outro. Tudo para não ter problemas depois. No entanto, me esqueci de um detalhe importante: pegar uma régua e conferir a altura de cada uma delas.


Em ambientes onde os pontos de luz ficam longe uns dos outros, a falta de alinhamento passa desapercebida. Agora na bancada na cozinha, a tortura fica na cara. Foi o que aconteceu na minha casa. Então você já sabe, antes de autorizar a colocação dos azulejos, tenha certeza de que as caixas estão alinhadas.

terça-feira, 17 de maio de 2011

E na hora do registro, prepara-se para enfrentar a burocracia

Não é por acaso que o serviço público tem fama de ser péssimo no Brasil. Aproveitei a folga para tentar fazer a averbação da minha casa. Por enquanto, estou tentando. Como a minha irritação, com a situação que enfrentei foi grande, decidi compartilhar antes de alguém cair na mesma fria.

Às 8h30 estava na prefeitura para apresentar o comprovante do ISSQN e retirar a certidão de habite-se. Com o documento em mãos, fui até o Cartório de Serviços de Registrais para saber qual papelada seria necessária. A listinha foi a seguinte:
. Requerimento do proprietário, com a firma reconhecida, declarando o valor da obra.
. Certidão de Habite-se ou auto de conclusão fornecido pela prefeitura
. Certidão negativa do INSS

Da lista, somente o Habite-se estava ok. Então fui até o Tabelionato e providenciei o requerimento, pagando uma taxinha básica de R$ 25,50. Após, fui para casa e liguei para a Receita Federal. E uma nova lista de documentos foi exigida.
. Declaração e Informação Sobre Obra de Construção Civil (Diso)
. Certidão narrativa da obra, expedida pela prefeitura
. Matrícula atualizada do imóvel, expedida pelo Cartório de Registro
. Comprovante de residência
. RG e CPF
. Projeto da obra

Agora vem a pergunta que não quer calar: por que a prefeitura e o cartório de registros não me informaram sobre a necessidade da certidão narrativa e a matrícula atualizada? A querida aqui, que não tem mais nada para fazer, precisou ir novamente aos locais onde estava até pouco tempo atrás.

Na prefeitura, após pagar a taxa de protocolo de R$ 7,00, esperei alguns minutos e a servidora confeccionou o documento. Quando perguntei por que não informaram sobre a necessidade da certidão narrativa, não obtive nenhuma resposta.

Em seguida me dirige ao Cartório de Registros. Pagando uma taxinha de R$ 18,90, recebi a matrícula atualizada. Lá também questionei por que não informaram da necessidade do comprovante. A escrevente me disse que não sabia dessa exigência da Receita Federal e que iria levar para chefia a sugestão de avisar aos cidadãos sobre a necessidade da matrícula atualizada.

E a novela ainda não terminou. Hoje à tarde vou à Receita Federal para obter a certidão negativa do INSS. Não tá morto quem peleia.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

É hora do Habite-se

A certidão do habite-se é atesta que o imóvel foi construído seguindo as exigências estabelecidas pela prefeitura para a aprovação de projetos.A dúvida que muita gente tem é sobre momento certo de pedir essa documentação para a prefeitura. Por orientação do  meu engenheiro, protocolei o pedido de habite-se quando começou a pintura. (Claro que paguei uma taxa de oito reais para o governo municipal saber dessa minha vontade.)

Cerca de duas semanas depois a fiscalização passou pela obra e após dez dias já consegui o documento. Os acabamentos estão concluídos e instalação elétrica 90% pronta. Falta apenas terminar a pintura e a colocar os vidros.

Mas é importante alertar que para receber o Habite-se foi preciso pagar o Imposto sobre serviços de qualquer natureza (ISSQN). O valor inicial era de R$ 1.011, lembrando que a casa tem 88 metros quadrados. Mas como paguei à vista, garanti um desconto de 25%, e a continha com a prefeitura reduziu para R$ 695,75. Por isso guarde uma grana para pagar essa conta com dinheiro vivo. Parcelar, nem pensar.

Agora está tudo pronto para fazer a averbação da casa no Registro Geral de Imóveis.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Balcão americano: planeje os detalhes

A casa já está com cara de casa. No sábado foi instalada a bancada de granito do balcão americano ou passa prato (como chamam os caras da marmoaria). Achei bonito e deu um tcham no ambiente. Mas em compensação, outro problema pela frente para resolver. O armário que recebeu a bancada é de tijolos. Ele foi construído antes da colocação dos azulejos. Por isso, disse ao pedreiro que sentasse os azulejos até o ponto onde o balcão terminasse. Decisão errada.

A bancada de granito não fica exatamente sobre o balcão e tem uma borda de mais ou menos 10 centímetros. Com isso, ficou uma espécie de buraco entre o fim da parede de azulejo e a bancada de granito. Para ser exata, a diferença foi de 16 centímetros. Agora terei que pesquisar algum tipo de acabamento para ser colocado naquela "coluna".

Fica aí mais uma dica. Se for construir em uma peça conjugada uma bancada, com a intenção de quebrar o ambiente, lembre-se da borda.

terça-feira, 3 de maio de 2011

O péssimo serviço de pós-venda

Sabe aquela piadinha de Deus e o diabo querendo conquistar um homem depois de morto?A maioria das lojas de material de construção parece adotar essa filosofia.

Deus chega e mostra o céu, onde tudo é calmo, as pessoas são felizes, não há malícia, barulho e por aí vai. Daí chega o encardido e mostra o inferno, com festa rolando, bebida à vontade e muita mulher. O morto não pensa duas vezes e se delicia com as alternativas do inferno. No dia seguinte, ao acordar, se depara com um cenário completamente diferente. Tudo queimado, sujo, mulheres feias, água quente para beber e ao invés de música, uma marreta para começar o trabalho. Ele chega indignado para o diabo e pergunta. "Não foi isso que você me ofereceu?" Ao que ele responde: "Ontem você era um cliente, agora já faz parte do time".

Nas lojas os vendedores te prometem mundos e fundos e depois que venderam, o cliente que se dane. Durante a obra tive muitas experiência negativas em relação a isso. O último episódio foi a caixa d'água, comprada nas Lojas Taqi. Comprei no sábado e disseram que iam entregar no domingo, porque o material seria transportado em um caminhão fechado. Domingo não veio e esperei para segunda. O detalhe é que tinha acionado a vistoria do banco e se o engenheiro viesse, poderia não liberar a papelada porque estava faltando a caixa d'água.

Segunda a caixa também não veio, assim como na terça-feira. Somente na quarta-feira, após acionar a gerente e ficar ligando a cada 30 minutos a encomenda chegou. O problema é que a caixa de fibra estava rachada e agora a loja não quer fornecer o material para fazer o conserto. Com a entrega dos pisos, comprado na Espaço Luz, de São Sebastião do Caí, também foi a mesma novela. Era para ser em um dia a entrega e o material chegou dois depois. O problema aqui foi um pouco mais complicado, pois fiquei "órfão" de vendedora. Quem me vendeu os produtos saiu da loja e até que o estabelecimento definisse quem ficaria com a "bronca", demorou.

Com as soleiras e pingadeiras de granito a novela se repetiu. O cara da Dolan, no bairro Scharlau, conseguiu perder meu pedido e tivemos que ir pessoalmente na marmoaria buscar as peças, pois ele não dava jeito de entregar. Quando o pedreiro foi instalar, uma surpresa desagradável. Uma das peças estava cheia de manchas pretas e não era nada disso que havia comprado. Tive que ir novamente lá e pedir para trocar.

Na entrega das madeiras, compradas na Made Nobre, em Novo Hamburgo, mesma novela. Material entregue fora do prazo, com madeira errada. E para conseguir fazer a troca, que sacrifício.

Por enquanto, os estabelecimentos que estão de parabéns são a Loja Solar Wallauer, a Madebrumi e a Dimako, que me forneceu o cimento.  Venderam e cumpriram com o prometido. Nada mais justo e mais correto.